quinta-feira, 30 de junho de 2016

Sugestões Netflix

Sabe aquela vontade de assistir um filme gostoso? Embaixo das cobertas, com direito a pipoca e chocolate quente? Aí você liga o Netflix e fica perdido no meio de tantas opções?

Pois aqui vão duas indicações de filmes que eu gostei muuuuuito!


A vida de outra mulher (2012)


Um filme francês, claro! Com a incrível Juliette Binoche, ele vai contar a história de uma mulher que um dia acorda sem se lembrar dos últimos 15 anos de sua vida. Fica surpresa em descobrir que teve um filho, que está enfrentando o término do casamento, que se tornou uma empresária bem sucedida, entre outras coisas que eu vou deixar pairando no ar... É um filme para refletir sobre as atitudes que estamos tomando hoje: para onde elas vão nos levar? Será que o meu EU de agora vai se sentir feliz e orgulhoso com o EU de daqui 15 anos?


O que nós fizemos no nosso feriado (2014)


Sinopse do Filmow: Doug e Abi estão levando seus três filhos em uma viagem para a Escócia para uma grande reunião de família. Eles estão no meio de um divórcio difícil, e pediram às crianças para mantê-lo em segredo do restante da família.  Porém uma mudança inesperada dos acontecimentos acaba trazendo outros problemas à tona e obrigando a família a colocar de lado suas diferenças e trabalhar juntos sob o risco de perder o que mais lhes importa.


Eu definiria esse filme como uma tragicomédia.
Se estiver afim de dar risada e de leveza, esse é o filme. Apesar de tratar temas como divórcio, e outros (que se dissesse aqui seria Spoiler), ele o trata de maneira leve...
Mostra a simplicidade e a pureza do coração das crianças, dando um baita chacoalhão nos adultos que se prendem a tão pouco.


Um amorzinho de filme que vale a pena ser assistido <3







segunda-feira, 27 de junho de 2016

Releituras e superação de traumas: Menino de Engenho - José Lins do Rego

Oláaaa meus queridos!!! 

Hoje eu vou contar um pouquinho pra vocês de como foi reler um livro que era leitura obrigatória na quinta série e que me traumatizou bastante, me afastando por algum tempo da literatura. Fui voltar a gostar mesmo de ler somente na oitava série.
Não sou acostumada a reler livros, pois acredito que há tanto no mundo para ser apreciado, mas esse livro me causou tanto estranhamento, que 15 anos depois a coragem e a curiosidade bateu, e esse enfrentamento pôde me mostrar o quanto mudamos e evoluimos ao longo da vida. 

Esse livro é O Menino de Engenho, de José Lins do Rego.



Vou colocar em tópicos algumas das importantes temáticas que consegui destacar! (mas tem muito, muito mais para se extrair desse livro).

Imaginário popular (Lobisomens, espíritos...)
O livro faz referência à crenças populares como a existência de lobisomens. No decorrer da narrativa, os espíritos de mortos se tornam mais assustadores que os lobisomens, presentes para assombrar os vivos.

Contação de histórias, fascínio e arte
 Velha Totônia era uma senhora que percorria os engenhos do nordeste contando suas histórias que fascinavam os meninos, principalmente Carlinhos (que mantinha os olhos vidrados e o coração aberto para as narrativas da velha, narrativas feitas com maestria). Verifica-se a presença da oralidade na sociedade, da contação de histórias com fonte de cultura, de lazer e de perpetuação das histórias.

Vida em contato com a natureza
Enquanto relia Menino de Engenho, pude ser grata por entender como é a vida em contato com a natureza (não naquela época e nem naquela região do país, mas com a natureza em si). Muitas crianças que leem esse livro nos dias de hoje não sabem e não podem imaginar como pode ser bom sentir o gosto de uma fruta colhida no pé, montar em um carneiro, correr com os pés descalços no barro.

Engenhos de açúcar e história do Brasil
O livro retrata um período histórico do Brasil colônia, assim como o regime escravocrata, narrando sua história no Nordeste do país. Também conta que após a abolição da escravatura, a maioria dos escravos continuavam com seu status quo, ou seja, continuaram a trabalhar para seus patrões, em troca de ter um moquifo onde dormir e o que comer. Retrata o clima nordestino, as secas, as enchentes, a dominação do homem branco sobre o homem negro. Isso classifica essa literatura como um ótimo complemento para as aulas de história (o que explica a leitura obrigatória nas escolas...).

Perdas e Tristeza
A perda estava muito presente na vida do menino de engenho, o Carlinhos. Aos 4 anos teve que lidar com a morte da mãe. Depois com a morte de uma prima com a qual se afeiçoou, e posteriormente com o casamento e partida de sua nova "mãe", a Tia Maria. Tantas perdas provocavam uma profunda tristeza em Carlinhos, que passava horas sozinho no engenho, com seus pensamentos enrolados em todos esses sentimentos. Era um menino pensativo, melancólico, que sofria de asma (será que tal doença não poderia ser a tristeza refletindo no corpo do menino?).

Tipos de conhecimento
Carlinhos parte tarde para um colégio internato, aos 12 anos, sabendo pouco das letras, dos números e das matérias ensinadas na escola. Porém, com um vasto conhecimento de mundo, adquirido em sua vida no engenho.


Após terminar a leitura, parti para uma reflexão dos possíveis motivos por eu ter traumatizado com o livro aos 10 anos. Penso que pode ser pelo vocabulário regional específico do nordeste, da época e dos engenhos (mesmo que ao final do livro tenha um glossário com várias das palavras difíceis encontradas). A linguagem não é muito comum e facilitada para a idade em questão, e a história não é divertida para agradar crianças, é uma história realista, com temas mais pesados sobre a vida e o despertar da sexualidade e do crescimento como pessoa.
Valeu muito a pena a releitura. Viva o menino de engenho e as segundas chances :)


segunda-feira, 20 de junho de 2016

Mrs. Dalloway - Virgínia Woolf



Diria que Mrs. Dalloway é o retrato de uma época, de uma sociedade burguesa inglesa pós-guerra mundial. Toda a história se passa em um único dia (recurso usado por outros autores como James Joyce), no qual Clarissa Dalloway dará uma festa em sua casa para a alta sociedade. O livro inicia com uma simples ida a floricultura até a festa que é dada pela protagonista em sua casa à noite. Para contar essa história, Virgínia Woolf usa do fluxo de consciência, ou seja, é uma técnica literária na qual o autor transcreve o processo de pensamento de um ou mais personagens, associando ideias e fazendo "hiperlinks" mentais.
A leitura não flui muito bem, mesmo sendo um livro de 188p. [na Edição da Folha], justamente por causa da maneira da narrativa: excesso de pensamentos e a troca constante de pessoas [junto com seus pensamentos]  e lugares. Este livro exige um pouco mais do leitor, pois primeiro as personagens são jogadas no texto, para depois você compreender quem são e a sua relação na história. Esse livro me lembrou a escrita de Lygia Fagundes Telles, em seu livro "As horas nuas", Em ambos as protagonistas são mulheres de meia-idade, com amores do passado, relação mãe-filha não muito boa...
A leitura é válida com certeza, mas não espere devorar com facilidade as palavras de Virgínia. 

Um fato curioso retirado do livro Conversando com Mrs. Dalloway (vide referência ao final):

Virgínia Woolf perdeu a mãe ainda na adolescência, e uma amiga muito devota chamada Katharine  "Kitty" Maxse prometeu cuidar de Virginia e sua irmã Vanessa. Katharine era uma socialite de almanaque, que seguia as regras de etiqueta dessa sociedade e cuja vida girava em torno das expectativas sociais. Virgínia nunca se deu muito bem com Kitty, pois tinham personalidades bastante diferentes. Muitos anos depois, Kitty veio a falecer com um tombo em sua casa. Nada tirava da cabela de Virgínia a suspeita de que fora suicídio, e que talvez Kitty não fosse assim tão perfeita como parecia. Kitty serviu de inspiração para Virgínia ao criar sua personagem que depois de um conto, ganhou lugar em um romance. 


REFERÊNCIA:

Johnson, Celia Blue. Conversando com Mrs. Dalloway:  a inspiração por trás dos grandes livros de todos os tempos. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. 


Obs: Esse livro é muito interessante. Traz várias curiosidades sobre a inspiração de grandes clássicos da literatura e seus processos de escrita, Vale a pena conferir!!!


sexta-feira, 17 de junho de 2016

Canais Literários do Youtube: os Booktubers



Dizer que a internet revolucionou a maneira como as pessoas se comunicam é puro clichê. Assim como dizer que o youtube revolucionou, e muito, o acesso e a produção de conteúdos, também é clichê. Toda essa revolução possibilitou que várias pessoas criassem seus próprios videos e postassem na rede, adquirindo milhares e milhões de visualizações e seguidores. Esse fenômeno também se estendeu ao mundo literário, e várias pessoas já dedicam canais no Youtube para falar sobre livros. Aqui vou indicar alguns canais que eu sigo e que particularmente, gosto mais. Pelo menos uma vez na semana gosto de dedicar um tempo para ver os novos vídeos e ficar por dentro de lançamentos, de não lançamentos, enfim, de infinitos livros que merecem o prazer de serem descobertos!

Mell Ferraz Literature-se

A Mel possui um gosto literário que bate muito com o meu. Ela não fica lendo os livros da modinha, preferindo livros um pouco mais densos, mais clássicos. Não perco um vídeo dela. O legal é quando você percebe a evolução dela do primeiro vídeo do canal, para os vídeos mais atuais. Dá uma esperança pra quem pretende se tornar um booktuber, mas acha que não tem muito talento. Mel é prova viva disso, e hoje ela arrasa.


Ler Antes de Morrer

A Isa, na minha opinião, é a booktuber que fala com mais paixão sobre as histórias que lê, e super capricha nas resenhas, inclusive se vestindo a caráter em algumas ocasiões. Adora clássicos da literatura, e por isso eu adoro ela :)


Livrada!

O Yuri é de Curitiba, tem um gosto muito exótico e maravilhoso para livros. Ele curte muito os russos, é diferenciado e não segue modinhas.Vale muito a pena conferir!


Tatianagfeltrin

Além de adepta aos livros clássicos, Tatiana também faz vídeos de livros que caem em alguns vestibulares, vídeos sobre HQs, mangás e quadrinhos, com postagens bastante variadas.


Duda Menezes – Book Adict

A Duda adora livros de ficção científica e thrillers. Tem um canal muito agradável e com uma curadoria interessante!


Nuvem Literária

A Ju, do Nuvem Literária foi a primeira booktuber que comecei a seguir. Talvez hoje nossos estilos literários não sejam muito compatíveis, mas ela apresenta várias novidades do mundo literário e dos lançamentos editoriais.


Paola Aleksandra – Livros e Fuxicos

A Paola possui um gosto literário mais voltado ao romance romântico, histórias de amor e de época. Para quem curte o gênero, vale a pena conferir o canal.



Espero que tenham gostado da seleção de Booktubers. Caso tenha algum que vocês acham interessante, aceito sugestões.

;***

sábado, 11 de junho de 2016

Filme: Ela (her)


Ano de lançamento no Brasil: 2014
Direção: Spike Jonze
Gêneros: Romance; Drama; Ficção científica
Nacionalidade: EUA
Oscar de Melhor Roteiro



UAU! Esse filme é um filme que me levou a refletir sobre muitas coisas, tão difíceis de serem expressadas, mas vou tentar. Mas antes, já aviso: contém SPOILER!!!
Mãos à obra:

* Como é o amor nos tempos atuais? As tecnologias unem ou separam as pessoas?
Feita para romper a fronteira do tempo e espaço, a tecnologia, os computadores, os smartphones revolucionaram o modo de viver das pessoas. A comunicação se tornou fácil, em tempo real, diferente das cartas que podiam demorar meses ou até mais para chegar ao destino esperado. As notícias corriam na velocidade dos cavalos, e hoje, em megas. Qual o impacto que essas tecnologias causam nas relações interpessoais? Acredito que, na impossibilidade do contato físico, do cara a cara, a tecnologia facilitou muito as relações humanas. Vida simplificada. Mas ao mesmo tempo, de certo modo, banalizou coisas de uma maneira não saudável. 
No filme,inúmeras vezes você vê as pessoas sozinhas, acompanhadas apenas de suas tecnologias, falando em voz alta com seus aparelhos enquanto se locomovem, caminham nas ruas e no metrô. Interação entre as pessoas são raras neste contexto tecnológico representado no filme, mas mesmo assim, deixarão de ser uma necessidade humana? 

* A tecnologia pode criar relações reais? O que é real?
Sendo um filme de ficção científica, em muitos momentos fiquei extasiada com a situação retratada no filme: um homem que adquire um software tão interativo e inteligente que acabam se apaixonando e entrando em um relacionamento sério. Voz atraente, onipresença, inteligência, bom-humor, compreensão, sensibilidade: são características que a evolução tecnológica proporcionou aos seus produtos. Samantha foi um desses "produtos" tecnológicos que, de tão perfeito, causou sentimentos fortes em Theodore, que ao final do filme afirma nunca ter amado alguém como amou Samantha. O amor é real, é um sentimento que se pode ter pessoas, coisas, momentos, fazeres. Tamanha era a imitação da inteligência humana do novo software, que foi causa de uma paixão, mas em um plano não palpável. Era um amor em outra esfera, nas entrelinhas do mundo. Era múltiplo, pois Samantha conversava com mais de 8.000 pessoas ao mesmo tempo, realizando seu trabalho, e se apaixonou por 600 e poucos. Poliamor, talvez uma nova característica dessa revolução tecnológica. Era real o sentimento deles?

*  Términos de relacionamentos
No filme, o elemento término de relacionamentos é abordado constantemente. A solidão de Theodore, sua dor e sua dificuldade de seguir em frente depois de seu casamento findado. A amiga de Theodore, Amy, também passa por um rompimento amoroso, e o filme retrata maneiras de se lidar com essa situação. 

* Sensibilidade masculina
Este filme pretende acabar com aquele velho preconceito: homens não são sensíveis, homens não choram. Theodore trabalha como escritor de cartas e cartões, profissão que realiza com maestria. Difícil era não se emocionar com seus escritos. As pessoas, em suas relações, perderam a capacidade de escrever, de verbalizar seus sentimentos, seus momentos, que foi preciso inventar uma profissão para algo que poderia ser tão simples e prazeroso entre as relações humanas? O próprio Theodore, como profissional, escrevia cartas maravilhosas a seus clientes. Mas na vida pessoal dele, ao final do filme, ele consegue se libertar de sentimentos que o estavam deixando de seguir a vida, consegue escrever para sua ex esposa tudo o que gostaria de lhe dizer. Essa atitude pode ser representada como um marco em sua vida, da sua libertação do passado e do seguir em frente. 

* No final, todos querem o mesmo: a presença
Respondendo ao questionamento lá em cima. se a interação humana deixará de ser uma necessidade humana?
Não, infinitamente não, apesar da evolução tecnológica ter caminhado dessa maneira, o toque, o ombro amigo, o cara a cara continua sendo o que a alma humana espera constantemente: ser abraçada por outra alma, mas, também, por outro corpo, O final do filme é esse: Theodore e sua amiga Amy, sentados juntos vendo o por-do-sol (ou era o nascer dele? - não me lembro).

E você que já assistiu o filme Ela (Her), teve alguma outra reflexão? Compartilha aqui então ;)
Até o próximo post.


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Trocas em sebos

Vamos falar sobre... trocas em sebos?

Quem nunca foi com uma pilha bem alta de livros em um sebo, a fim de vender, conseguir uma graninha, ou então trocar livros que você já leu e não pretendia reler? E dessa ida ao sebo, quando o funcionário te disse que aqueles 10 livros que você levou seriam equivalentes a 50 reais para troca e 38 reais para venda?
É, eu sei. É um tanto decepcionante. Mas vamos pensar um pouquinho mais sobre isso:

1- Primeiro, um sebo vive disso, ele se sustenta fazendo bons negócios como esse: comprando livros muito baratos para poder vendê-los a um preço abaixo dos novos e ainda conseguir se sustentar com as despesas. Pensando por esse modo, não é tão absurdo assim.

2- Se você não é um colecionador de livros, se não tem espaço em sua casa para manter todos os livros que gostaria, ou se, assim como eu, prioriza o acesso em detrimento da posse, trocar os livros que já leu em um sebo pode ser um ótimo negócio, pois você estará garantindo próximas leituras. Muitas vezes é possível encontrar grandes e boas surpresas em sebos, é só saber procurar.

3- Se, ainda assim, você sentir que é injusto trocar tantos livros por tão poucos, lhe apresento uma opção mais solidária. Imagina disponibilizar esses livros que você já leu e doá-los para uma biblioteca, onde eles poderão ser apreciados por muitas pessoas? Obviamente, como bibliotecária, deixo bem claro algumas questões: você só deve doar aquilo que gostaria de receber, ou seja, livros em bom estado, atualizados, sem cortes, rasgos, fungos, manchas, mofos e traças (e outras infinitas possibilidades de estranhezas que podem caracterizar um livro). Essa doação tem que ser consciente e condizente com o tipo de biblioteca a qual será destinado, seguindo a política da instituição, que poderá avaliar seu livro antes de inseri-lo em seu acervo.

Na minha cidade tive a felicidade de conhecer um sebo em que fui atendida como nunca na vida. Um funcionário me abordou perguntando se eu gostaria de alguma ajuda. Disse que estava só olhando, então ele me pediu que ficasse à vontade, mas que se eu quisesse ele tinha livros muito interessantes para me indicar. Isso me instigou, e acabei deixando com que ele me conduzisse naquela visita ao sebo. Depois de me questionar quais os tipos de leitura que me interessavam, ele escolhia um livro, me apresentava, e me contava a sinopse do livro, com tanta propriedade e empolgação, que eu achei aquilo demais e um p*** de um diferencial. Há quem questione ou seja contra a indicação de livros (não desmereço essa opinião, e entendo os motivos de cautela, acho que são válidos), porém, um atendimento empolgante como esse deveria ser modelo. Modelo para sebos, e por que não, bibliotecas?

Um último motivo para ir a sebos, é que você tem acesso a uma infinidade de materiais, inclusive DVDs, discos de vinil, gibis, revistas, mangás...
Minha última troca foi por filmes que eu estava louca pra assistir. :)
Partiu?






terça-feira, 7 de junho de 2016

Leituras no Kindle Unlimited


Então, vamos falar sobre uma coisinha que eu descobri faz algum tempo, que é o Kindle Unlimited, da Amazon. Do que se trata?
Sabe o Netflix, que você paga um valor x por mês e pode escolher qualquer filme ou série do catálogo, em quantidade ilimitada e que é uma das melhores invenções do século? Então! A Amazon criou (e já faz um tempo) algo bem parecido. Pelo valor de R$ 19,90 mensal você pode ter acesso à um catálogo com vários títulos e gêneros em formato digital, e o primeiro mês é grátis. Vou deixar o link aqui para maiores informações:


Óbviamente que tem de tudo lá e que deve filtrado. Mas o que me interessou bastante é que estão disponibilizados vários títulos da “falecida” editora Cosac Naify, que costuma ter livros muito bons! Aqui vai uma listinha de alguns títulos que eu li por lá nos últimos dias e que valeram muito a pena. Ahhh, e todos são livros curtinhos de ler em uma ou duas sentadas!

1- A contadora de filmes/ de Hernan R. L.

Imagine uma família de mineiros no meio do deserto, com cinco pessoas, sendo um pai acidentado, que teve a renda cortada pela metade, e cuja única diversão possível era o cinema. Mas devido as condições financeiras e físicas do pai, apenas um filho seria escolhido para assistir nas telinhas um filme, e depois recontá-lo para todos de casa. E quem melhor se saiu nesse missão foi Maria Margarita. A filha mulher se saiu tão bem nessa tarefa de contar as histórias assistidas que o que era um hobbie, passou a ser uma fonte de renda para a família. Até que chega a televisão... 
Até que acontecem reviravoltas em efeito dominó. História bastante emocionante.

Minha nota : 8,0

2 – Caderno de um ausente/ João Carrascoza

A maioria das coisas não são essenciais até que se tornem conhecidas. Ao ler este livro, penso: é essencial para todos os que tem ou terão filhos. E como todo mundo é filho de alguém, é essencial a todos para compreendermos a visão de um pai. Que poesia! Que maestria de palavras de um homem que acabou de ganhar uma filha (a Bia), mas devido a sua idade, não sabe se estará presente nas diversas fases da vida da filha. Portanto, ele escreve. Escreve tudo o que gostaria de dizer a Bia ao longo de sua vida, refletindo sobre várias coisas da vida, a dor, os familiares, os amores,.. tudo o que o futuro reserva a ela e que ele não poderá fazer nada para mudar. Ensinamentos, história da família, profunda admiração pela filha e pela esposa, narrados com sensibilidade e lirismo,além de um final surpreendente. Recomendo!

Minha nota: 9,5

3 – Vermelho amargo/ de Bartolomeu Campos de Queiróz

O autor, neste relato autobiográfico, esbanja poesia, lirismo, sentimentos de amor e a dor da perda da mãe, e com o passar do tempo, outras perdas. O amor pela mãe pauta toda escrita, assim como a falta que ela faz, assim como a presença dela em todos os móveis e cômodos da casa, na vida. Outro elemento presente em toda a narrativa é o tomate, que representa a falta, o dessabor, o desamor, a dor, a ausência, e o dever de aceitar a realidade dolorosa dia após dia. O tomate está sempre á mesa, em suas fatias miseráveis, com a raiva que é cortado pela madrasta, lembrando o 'autor-personagem' da sua dor e amarga realidade. A escrita é maravilhosa e se fosse para grifar as partes belas, grifaria o livro todo.

Minha nota: 9,5

4 – A festa de Babette/ de Karen Blixen

Belíssimo conto dinamarquês!
Difícil definir um conto que pode ser explorado em tantos aspectos da vida. Mas a essência desse conto acredito estar em retratar a alma de um artista, que aqui no caso é a Babette, praticante da arte da culinária. Neste conto ecoa na alma as palavras de Babette: "Sou uma artista! Capaz de tornar as pessoas felizes. Uma artista que grita: 'Permitam-me dar o máximo de mim!".

Minha nota: 9,5

Uma grata surpresa foi descobrir a existência de um filme sobre esse conto (de 1987, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro), tão logo o assisti e foi mais do que aprovado!





É isso, espero que tenham gostado. Deixem nos comentários as opiniões de vocês que eu vou adorar conversar sobre.

Até a próxima!

Boas vindas


Oláaaa!
Sejam muito bem-vindos ao blog Sopa de Letras e Películas. Já vou logo dizendo o óbvio: sou apaixonada por livros, leitura, literatura e também cinema. Sou formada em Biblioteconomia e estou exercendo a profissão. Vivo cercada de livros no trabalho e também em casa, estou à espera do busão sempre com um livro em mãos [Acreditem, carregar comigo um livro mesmo sabendo que não terei tempo para ler já me conforta, e me faz encarar o dia melhor, parece exagero mas é assim mesmo].
Acredito que esse envolvimento com livros começou desde pequena quando via meus pais lendo. Tive uma fase decepcionante, lá pela quinta série, na qual fui obrigada a ler “Menino de Engenho”, de José Lins do Rego, na escola, e pronto! Isso bastou para eu deixar de ler por quase três anos. Voltei aos 15, com a autora Meg Cabot, Marian Keyes, Stephenie Meyer… E não parei mais. Talvez agora, anos depois e com um novo olhar, eu encare uma nova leitura desse livro que um dia me traumatizou haha!
Com a idade eu cresci, e creio que as leituras amadureceram junto comigo. Estou em busca de conhecer vários autores e de diversas nacionalidades e, assim, ampliar meu conhecimento de mundo e de culturas. Quem sabe um dia eu não realizo meu sonho de ser escritora. Por enquanto, estou tentando aprender com os melhores.
Quanto ao cinema, reservo um amor especial no meu coração pelo cinema francês! Mas amo o cinema em toda sua variedade.
Dentro da minha ignorância, poderemos no cantinho deste blog, discutir e compartilhar sobre os livros e filmes que merecem estar presentes nessa sopa gigante que é o mundo cultural. Afinal, a vida é curta demais para assitir filmes e ler livros ruins.
Vem comigo! ;)